INFELIZMENTE

A mensagem de hoje, do espírito Dr. Inácio Ferreira, diz tudo o que eu tenho afirmado
há anos, sem que me ouçam. Tenho gritado no deserto, por isso, sou uma espírita solitária. Mas, repito, “Prefiro perder as pessoas, do que os meus princípios”. Aos poucos o plano espiritual, através do Dr. Inácio Ferreira, tem trazido “VERDADES QUE PRECISAM SER DITAS, DOA A QUEM DOER”, a fim de que o Movimento Espírita não prejudique a Doutrina Espírita, mais do que já tem prejudicado, modificando-lhe os objetivos, assim como, foram modificados os objetivos do Cristianismo, pelo Catolicismo Romano.
(Sonia Naranjo)

"Reconheço que o assunto é desagradável, mas, por outro lado, igualmente reconheço que há necessidade de que seja abordado.
Infelizmente, é muita gente que em vez de fazer profissão de fé no Espiritismo, vem fazendo do Espiritismo profissão.
Não estou querendo me referir àqueles companheiros que estão à cata de dinheiro, muitas vezes pensando apenas na obtenção do pão de cada dia para os seus filhos.
Desejo, principalmente, me referir a quantos, não tendo o menor escrúpulo em ser desonestos, ludibriam conscientemente considerável número de pessoas imaturas e sem discernimento.
À semelhança de lobos em pele de ovelhas, cometendo os maiores despautérios, eles despontam em todos os campos de atividade doutrinária.
Não raro, são médiuns e tribunos consagrados, que mentem no Brasil e no Exterior, prevalecendo-se de seus supostos dons mediúnicos e de sua extrema habilidade em manipular os que exploram em sua boa fé.
São dirigentes e divulgadores personalistas, que, a pretexto de defender a pureza da Doutrina, tomam decisões arbitrárias, impondo a sua vontade aos demais integrantes do grupo.
Tomando de assalto determinadas instituições que não fundaram, costumam colocar para fora delas os que consideram por empecilhos às suas pretensões de poder.
A fim de que não sejam desmascarados em suas escusas intenções, atiram para todos os lados, articulando falsas acusações contra os que ousam enfrentá-los de peito aberto.
Distorcem os fatos e as palavras, e, com a maior naturalidade, atribuem a sua versão das palavras e dos fatos aos espíritos que elegeram por seus mentores, como se entidades espirituais de elevada hierarquia, em se lhes submetendo aos caprichos rasteiros, com eles entrassem em contato quando bem entendem e desejam.
Isto, evidentemente, não é Espiritismo, e os espíritas sinceros, através da opinião, devem se opor a tal estado de coisas, sob a pena de, mais cedo ou tarde, virem a responder por indiferença e omissão.
Sim, se isto compraz a eles, aqui o digo em alto e bom som: prego a desobediência civil no Movimento Espírita! Prego a contestação à autoridade reivindicada por quantos se arvoram em pretensos líderes do Movimento! Prego contra a censura às obras espíritas sejam elas de cunho claramente mediúnico, ou não! Prego a não aceitação do elitismo, pela hierarquização silenciosa que se esboça a partir de certos órgãos unificadores! Prego contra a falta de ética daqueles que roubam ideias e confeccionam livros à custa da inspiração e da transpiração alheias! Denuncio os que camuflam os seus desvios psicológicos, atirando lama sobre a honra dos outros!
Se isto, no entanto, não lhes bastar, eu vou mais além: prego contra a ausência de sinceridade e de idealismo que vem imperando no campo doutrinário, e que se agravou, assustadoramente, desde o desenlace de Chico Xavier...
Sim, porque, enquanto Chico se encontrava na Terra, ocupando aquele abençoado corpo que se desgastou no trabalho do bem genuíno, os que hoje mostram as suas garras, então recolhidos à sua insignificância, se continham em seu atrevimento e insensatez.
Os espíritas sinceros carecem, pois, rapidamente, de dar um basta à idolatria! Chega de se incensar os médiuns, quase todos eles, talvez os mais conhecidos, merecedores de compaixão pelo que estão aprontando no Movimento!
Em minha modesta opinião, o Movimento Espírita chegou a uma encruzilhada perigosa! O futuro da Doutrina está em jogo! Muitos espíritas, não por falta de conhecimento, mas por falta de fraternidade real, estão acabando (claro, trata-se de mera força de expressão) com o Espiritismo!
Por tal motivo, eu prego, ainda, a independência dos Centros Espíritas – a sua autonomia moral e administrativa!
Considero-me, eis que o digo, um espírita independente, porque, no dizer de Chico Xavier, se, um dia, para ser espírita, precisar beijar a mão de alguém, ou de prestar obediência a algum órgão doutrinário, eu deixo de ser espírita e vou tentar ser cristão.
E não adianta que me rotulem de mistificador, porque partindo de quem, habitualmente, parte, isto para mim é elogio.
O meu nome é Inácio Ferreira e eu não lhes devo absolutamente nada!

DR.INÁCIO FERREIRA
Médium: Carlos Baccelli
Uberaba – MG, 18 de outubro de 2011.

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