VÍCIO - Ana Fonseca da Luz
Não me consigo entender…
Bem me esforço
Bem que luto.
Mas, cada vez estou mais presa,
Ao doce vício, de escrever
Deito-me com letras,
Soltas…
Sem sentido…
Tento decifrá-las
Até adormecer.
Sonho com palavras
Pintadas de estrelas
Faço cópias em cadernos,
De duas linhas
Para as perceber.
E as palavras à solta,
Cavalgam sem cessar
Alinham-se,
Ordenam-se
Deitam-se no luar.
Acordo!
Sou poema
Sou prosa rudimentar
Sou esboço de vida
Palavra linear.
Ordenam-se as ideias,
O vício a aumentar
Tomo remédios,
Mezinhas
E isto sem passar…
Como não consigo vencer,
Este vício peculiar
Enfeito esta folha
De palavras,
Letras
E reticência
(malditas reticências)
Para contigo partilhar.
Se souberes de algum remédio
Que eu possa tomar…
ANA FONSECA DA LUZ
Marcadores:
VÍCIO - Ana Fonseca da Luz
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário