MEDIUNIDADE

Antigamente eu sonhava
Com o “dom” da mediunidade
Sonhando com ela, mudava
Os rumos da humanidade.

Assim, toda cheia de graça
Tentei a psicografia
Mas o furor logo passa
Tento então, a psicofonia

Não dá certo, que maçada!
Passo então para a vidência
Já estou tão entusiasmada
Meu caso é clarividência!

Como também não deu certo
Tento então, o desdobramento
Faço tudo muito certo
Sou toda arrebatamento!

E assim, toda faceira
Percorro toda a escala
Quero ser “médium inteira”
Que cura, escreve e fala.

Tudo tento, mas em vão
Tudo que eu fiz deu em nada
Foi tudo uma grande ilusão
Já não creio em mais nada!

Então, ALGUÉM, de mansinho
Penetrou na minha vida
Seguiu comigo, o caminho
Fez-me sua protegida.

Ensinou-me que a humildade
É a primeira lição do aprendiz
E que fora da Caridade
Ninguém poderá ser feliz.

Esse ALGUÉM, de nome DOR,
Mostrou-me que nada é em vão
Quando plantamos AMOR
No fundo do coração!

Por isso, a mediunidade
Aprendi, amigos meus
É o fio da fraternidade
Ligando os homens a Deus!

(Poesia de Sonia Naranjo, inclusa no
livro de sua autoria, “Os pecados dos espíritas”)

Um comentário:

  1. Que linda! Realmente a mediunidade é um ato de amor advinda da dor. Não é privilégio e sim dívida. É uma forma de nos redimirmos na caridade com nossos irmão. Ver, ouvir, falar ou escrever. Seja como for ou não for somos médiuns naturais com nossos sentidos "normais" que nos permitem simplesmente ofertar num gesto simples a caridade.
    Fique com Deus. E parabéns pela postagem.

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